terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CRÔNICAS RODRIGUEANAS V

27 – XII - 2010 d. C.
Potósi  à Uyuni

Estoura la grave de gasolinaço. O presidente Evo aumenta através de decreto os combustíveis em 100%. O que gera uma revolta geral. Uma greve geral se inicia no país.
Pretendíamos visitar as minas, mas os motoristas das agencias de turismo aderiram à greve.
Resolvemos retornar ao hotel e estabelecer uma estratégia para continuar a viagem. Parte do grupo foi procurar as feiras de artesanato e o outro grupo foi procurar por transporte. A rodoviária estava fechada e a única agencia que realizava o deslocamento através de transporte particular, queria nos cobrar 72 dólares para nos levar de jipe até Uyuni. Caso não conseguíssemos transporte até o período da noite iríamos permanecer no Hotel. O André conseguiu estabelecer um contato com uma moça que talvez conseguisse um transporte próprio, mas mesmo essa não conseguiu, tendo em vista que cada pessoa só poderia comprar 50 litros de gasolina. Mas por sorte recebemos a dica dessa moça que tinha um ônibus particular que estaria indo para Uyuni. Corremos de mochila pelas ruas de Pótosi até a passarela onde se encontrava o ônibus. Chegamos e este estava lotado (55 pessoas), conseguimos ficar no corredor, alguns de pé e outros sentados no chão. Durante 5 horas atravessamos um deserto com estradas de terra e precipícios. Mesmo no chão não conseguíamos permanecer, pois esquentava muito.  
Chegamos ao anoitecer em Uyuni, conseguimos uma pousada por 30 bolivianos, onde o banheiro era coletivo por andar e o chuveiro para três andares (Calculamos coisa de uns 5000 km rodados até agora em nossa aventura).
Procuramos um restaurante para comer, afinal estávamos há vários dias sem um bom prato de refeição. Comemos em um restaurante muito bom. Caminhamos por algumas lojas de artesanato e pela praça, onde encontramos alguns brasileiros, com os quais conversamos muito. 
Eu e o Felipe resolvemos não retornar ao hotel como fez o restante do grupo, encontramos um PUB bem legal, com um ambiente imitando areia de praia com fotos e mensagens das pessoas de diversos países que por ali passaram. Tomamos uma cerveja e o dono pediu que saíssemos que já estava fechando, isso já se davam meia noite e meia. Retornamos para o hotel. A japinha estava tentando usar o banheiro, tadinha, já se estava entupida de pollo frito a 4 dias, os pollos já estavam se reproduzindo dentro dela, já iam começar a cruzar e dar ovos. Como eu estava repartindo o quarto com a japa, passei por maus bocados, a Erica soltou bufas a noite toda, parecia que a tinta da parede ia se soltar de tanto metano que tinha no quarto. Se acendesse um fósforo ali a pensão explodiria pelos ares. Além disso tudo, a japinha  conversa dormindo, fala mesmo, dialoga.

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