terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CRÔNICAS RODRIGUEANAS VI

28, 29 e 30 – XII - 2010 d. C.
Uyuni à passeio pelo deserto

Contratamos uma empresa de turismo para fazer o passeio pelo deserto. O grupo se dividiu, o Marcelo, o Roberto e o Felipe, resolveram fazer o passeio de um dia (170 bolivianos) o restante preferiu fazer o passeio de 3 dias (830 bolivianos).
Antes de embarcamos nos jipes, alguns resolveram tomar um bom café da manha no segundo andar do mercado municipal. Várias senhoras que vendiam em mesas paralelas: omeletes, queijos, paes, mortadelas, etc.
Compramos algumas blusas para suportar o frio do deserto que se previa uma baixa de temperatura noturna a menos 5 graus.
Em 3 dias no deserto rodamos 950 km com 200 L de gasolina com jepes toyota.
Nunca vimos noite tão linda, as estrelas nos abraçavam. Não tinha uma nuvem se quer em todo o horizonte. Vimos estrelas cadentes e identificamos diversas constelações.
O silencio do deserto nos abençoava com seu fascínio, somente o vento que vinha as vezes nos dar boa noite.
Em meio aquele vazio, que era um contraste da grandeza do poder do deserto, acho que encontrei parte do que vim procurar em minha andança. O Divino ressoou sua voz pelo vento, senti uma alegria muito grande, ao olhar as estrelas, senti muita paz e felicidade por estar vivo. Caso pinte no Peru possibilidades de participar de experiências místicas, religiosas, não deixarei de participar, mas me encontro demasiado satisfeito pelo “encontro” do deserto.
Passamos noites muito frias no deserto, sua temperatura era de 10 oC, mas com o vento e a altitude tínhamos a impressão de uma temperatura inferior.
São muitas as belezas que encontramos, adjetivos não cabem aqui para descrever as maravilhas que vivenciamos, somente as fotos para descrever:
Animais: ilhamas, coiotes, flamingos, gaivotas, vicunhas, coelhos estranhos com bigodoes...
Lugares:

Ao terceiro dia, acompanhamos alguns amigos brasileiros (Jonatas, Vagner e Rubem) até a tríplice fronteira da Bolívia com a Argentina e o Chile, onde seguiriam pelo deserto do Atacama até San Thiago.
Retornamos a Uyuni pelo deserto percorrendo 450 km por 8 horas consecutivas. Um italiano, Milos, que mora em Florianópolis, resolveu nos acompanhar até La Paz. Vimos de longe um pequeno tornado, nosso motorista conseguiu alcançá-lo e jogou o carro em cima deste, recebemos seu choque, o carro todo tremeu e grãos de areia se chocaram contra o vidro. Foi muuuuuito legal.
Pegamos as 20:30 ônibus com destino a La Paz, mal deu tempo de comermos algo, nem banho tomamos, estávamos cheirando mau por causa do calor do deserto. Iríamos a La Paz reencontrar com os outros membros do grupo para passarmos juntos a virada do ano. 
Quando entramos no ônibus tinha um bêbado colombiano incomodando a todos e o pior é que eu deveria viajar junto com aquele pé no saco, este já estava quase vomitando. Rolou maior confusão, discuti com uns argentinos dentro do ônibus... Mas acredito que não cabe aqui minha descrição, mas de outro do grupo que estava alhures presenciando a confusão. Fica meu pesar, mas não a PAZ do Roberto...

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